Quando os pré-socráticos
iniciaram os primeiros questionamentos aos mitos gregos a Filosofia encontrou a
Fronteira da Consciência Mítica. Isto
significa que os filósofos enfrentaram um mundo em que os homens acreditavam
numa teodiceia, onde os deuses interferiam na vida humana e impunham o que eles
julgavam justo para eles, os imortais. Esta Fronteira da Consciência Mítica
jamais deixou de existir, pois muita gente ainda acredita nos mitos. Mas
podemos dizer que ela diminuiu bastante sua extensão pois a filosofia ensinou
os homens a desconfiarem dos mitos, lendas e contos de fadas.
Na atualidade
o desafio filosófico se concentra na Fronteira da Inteligência Artificial, onde
os cientistas procuram a mais de cinqüenta anos desenvolver a maquina perfeita, capaz de articular os
próprios pensamentos, assim como fazem os humanos. Por enquanto o projeto de
Inteligência Artificial esbarra nas limitações dos programadores de computador,
pois são eles quem dizem aos robôs o que eles devem pensar.
Qual é a maior
dificuldade dos programadores? É justamente desenvolver um software que siga o
modelo dos neurônios humanos, capazes de “criar pensamentos e idéias originais”.
Caso consigam esta façanha, o futuro da humanidade será o de convívio e interação
natural com as máquinas, mas não um convívio comum, pois os “andróides” seriam
mais que máquinas e mais que humanos.
O perigo no
desenvolvimento destes super-humanos é a ameaça de uma Guerra contra a Humanidade
e o conseqüente extermínio da raça humana. Os filmes futuristas exploram esta
possibilidade e dão pouca chance para a resistência humana, sempre identificada
por uns pouco rebeldes que não se ajustam ao controle das super-máquinas.
A tecnologia dos andróides vai muito além daquilo
que encontramos em celulares e smart-fones, e os teóricos em Tecnologia da
Informação admitem que há um perigo potencial em automatizarmos o mundo inteiro
e ficarmos na dependência das máquinas e do mundo virtual. Todos concordam que é
preciso criar um “botão de desligar”, antes de criar o “botão de ligar”, ou
seja, a humanidade precisa se precaver contra o domínio dos robôs.
Para
encontrar as falhas nestes super programas existem os Hackers, mas este é assunto para um outro momento.