Não há dúvida
que a Filosofia é filha da Arte, afinal se originou no mundo pensadores poetas
e admiradores da poesia. Ao estudarmos a História da Arte somos levados ao
tempo das cavernas onde os primeiros homens deixaram registrados os traços de
suas culturas e sabedoria. É necessário um bom senso estético para estilizar as pinturas rupestres nas paredes das
cavernas, além de um alto senso crítico para desenvolver as tinturas
utilizadas, as quais resistiram a milhares de anos e não desapareceram.
Entre os egípcios
a arte hieroglífica alcançou o auge da percepção artística e envolveu a vida do
mundo antigo por milhares de anos. Era impossível ignorar a arte egípcia, pois
eles dominaram muitos territórios e povos e lhes era necessário compreender a
linguagem iconográfica dos hieróglifos, pois traduziam as leis, os costumes e
os contratos dos egípcios.
Também a arte
babilônica explorava a iconografia, a escultura e a arquitetura. Os monumentos
escavados na antiga Mesopotâmia demonstram que o gosto pela arte possuía um
status de sacralidade, pois a expressão da Beleza é um dom dos deuses. No entanto,
quando comparamos o modelo de beleza dos povos antigos com os modelos atuais
ficamos perplexos. Como podiam eles admiram seus zigurates, suas estatuais assimétricas
e suas pinturas grotescas? Era assim que concebiam a Beleza.
Para os gregos
a busca pela Beleza tornou-se uma obsessão. Os mitos de Afrodite e de Apolo os
apresentam como deuses com beleza perfeita de tal forma que causavam inveja nos
demais deuses. Zeus, o maior de todos os deuses gregos era horripilante e para
seduzir as mulheres era preciso usar disfarces. Como se vê, há um confronto
entre o Belo e o Feio e é necessário que o “feio” seja camuflado com roupas e pinturas “bonitas”.
A Filosofia de Platão estabeleceu a Beleza como
a maior de todas a virtudes que existem. Ela está no topo do mundo espiritual,
acima da Justiça, da Bondade e da Verdade. Ela é a soma de todas as Virtudes,
portanto,deve ser buscada incansavelmente pelos homens, pois quem encontrar a
Beleza também encontra a salvação, ou melhor, encontra a libertação de todas as “feiúras” que estão neste mundo. Para Platão
a vida neste mundo é uma triste existência “em prisões escuras” cheias de
enganos.
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